terça-feira, 15 de abril de 2014

Meu PAI meu Amor MAIOR

Foi-se embora deste mundo há...... Parece muito – e será muito para os outros –, mas para nós, para a família, parece pouco, muito pouco tempo. O tempo sucedem-se, a dor vai sendo substituída pela memória doce, a amarga saudade vai ficando cada vez mais saudade pura. Resiste-se melhor e vive-se outra vez. Já conseguimos falar do meu pai com um sorriso. Já conseguimos lembrar para lá das lágrimas. Mas a presença dele paira eterna e permanentemente sobre nós..
Mas, do outro lado do espelho, com a sua morte eu aprendi que há um limite para o sacrifício e o preciosismo. Que nem tudo vale a pena. Que o prazer não pode ficar atrás de tudo. Que quem corre por gosto também se cansa. E que, por mais rigorosos que sejamos, tudo o que fazemos são rascunhos de qualquer outra coisa.
eu revejo aquelas noites e comparo-as com estas que vivo também a escrever. O que há dele em mim? O que mudou do seu universo para o meu universo?
o que, provavelmente, a mais ninguém interessa. Senão a mim e aos meus. Mas também isso me ensinou: o jornalismo vive tanto do rigor como do que é imponderável. A memória, por exemplo. Sem ponto final, como ele via a vida. Como eu vejo a vida...


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